sábado, 3 de outubro de 2009

Barra Pesada constata: chegamos ao fundo do poço


O rastreamento abusado televisivo desta semana vai mais uma vez para o reciclado e ajuizado programa da TV Jangadeiro: Barra Pesada. O espaço televisivo é apresentado pelo competente e extraordinário Nonato Albuquerque. Mas, calma, nosso enfoque desta vez não é apenas elogiar toda equipe que produz diariamente este programa popular, e sim refletir o que foi exibido nesta sexta.
Castelão de show de futebol em alguns momentos, e de dura prostituição de menores todos os dias. Sabemos que a prostituição parece ser coisa normal em nossa cidade. Este triste negócio esta presente em todas as classes sociais. Não apenas na venda do sexo, mas na venda da alma, onde o dinheiro compra a dignidade. No entanto, se antes era apenas vender o corpo para arrecadar divisas para sobrevivência ou na busca por um futuro de felicidades, hoje se vende o corpo para manter o vício do crack.
São inúmeras meninas menores de 18 anos que se perdem duas vezes: uma diante a prostituição, outra para suprir a necessidade da droga. Mundo perdido, mundo esquecido, ausente de ajuda, só desgraça e precisão. Indigentes esquecidas pelo Cristo que tanto ecoa nas ricas Igrejas. Desprovidas de exemplos, de heróis, de vida. Necessitadas de carinho, de valores, de vitórias, de fé.
Assim a vida segue de fumaça, lombra, gozo alheio, silêncio das autoridades, sossego dos familiares, segredo das normas, dos preceitos imundos dos cunhões das partículas das drogas, do poder sufocante, e do sistema que força tudo isso acontecer.
Chegamos realmente ao fundo do poço. De crianças que emprestam seu corpo para suprir o pior dos vícios.
Parabéns a todos que fazem o Barra Pesada por ter levantado este duro questionamento nesta semana.

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