sábado, 13 de dezembro de 2008

ANIVERSÁRIO DO MAIOR COMUNICADOR DO BRASIL,SOU FÃ DELE,COMO ARTISTA E COMO PESSOA PELA SUA HISTÓRIA...


Filho de imigrantes judeus e gregos de poucos recursos, Senor Abravanel, Silvio Santos, mostra-se desde cedo um visionário, onde, circunstâncias adversas e obstáculos sempre foram superados por uma tenacidade fora do comum, pela certeza de progredir, do desejo de ganhar dinheiro, aliado a uma imaginação fértil em permanente ebulição, sempre acompanhado pela sorte.

Ainda menino, andando pela Avenida Rio Branco, observa um camelô vendendo, com enorme facilidade, carteirinhas plásticas porta-títulos de eleitor por cinco mil réis e, seguindo-o, verificou que o mesmo as comprava por dois mil réis do atacadista, na Rua Buenos Aires. Comprou, então uma carteirinha, com uma moeda de dois mil réis, e saiu pela avenida vendendo-a dizendo ser a última. Foi buscar mais duas. Assim nascia o camelô que fazia ponto na Avenida Rio Branco com Rua do Ouvidor. Aquela moeda de dois mil réis com a qual comprou o primeiro porta- título, é a versão tupiniquim da moeda da sorte do “Tio Patinhas”.

Um dia o “rapa” chegou e Silvio Santos não conseguiu fugir a tempo, porém, ao invés de ser levado para o Juizado de Menores, o Diretor de Fiscalização da Prefeitura, Renato Meira Lima, percebendo tratar-se de um estudante que se expressava corretamente e de “boa voz”, deu-lhe um cartão para que procurasse um amigo na Rádio Guanabara, onde estava se realizando um concurso de locutores, do qual participaram em torno de trezentos candidatos. Nesse concurso estavam inscritos rapazes que tornaram-se famosas figuras do mundo artístico, como Chico Anysio, José Vasconcelos, Celso Teixeira, entre outros. Silvio Santos foi o primeiro colocado, sendo admitido como locutor. Por ser o salário mensal na rádio inferior ao que ele ganhava em menos de uma semana como camelô, após um mês pede demissão e volta para a Avenida Rio Branco. Ao lado de seu irmão Léo, durante o desfile das Escolas de Samba, à época realizados na Avenida Rio Branco, onde apenas um cordão de isolamento separava o público dos desfilantes, dado a grande afluência de público que se formava na avenida, as pessoas que ficavam posicionadas mais atrás do isolamento, pouco ou nada conseguiam enxergar, surgindo daí a idéia de levarem vários caixotes para a avenida, ande os alugavam para que parte da platéia pudesse assistir as apresentações das Escolas de Samba.

Aos 18 anos, chegado ao momento de serviço militar, Silvio Santos, amante confesso de emoções fortes, alistou-se na Escola de Pára-quedista do Exército, em Deodoro, e nos dias de folga volta a trabalhar em rádio, com Silveira Lima, na Rádio Mauá. Ao dar baixa no Exército, transfere-se para a Rádio Tupi, “aposentando” definitivamente o camelô.

Trabalhando em Niterói, na Continental, todas as noites embarcava na última barca com destino ao Rio, próximo à meia-noite, ao lado de bailarinas que trabalhavam em dancings e cabarés, surgindo a idéia de sonorizar a barca para animar as viagens. Pede demissão, e com o dinheiro da indenização vai a casa de eletrodoméstico J. Isnard comprar o equipamento. Faz uma proposta onde a loja lhe cederia todo o equipamento necessário para sonorizar a Barca Cantareira, e ele, por um ano faria anúncios do refrigerador “Climax”, do qual eram revendedores exclusivos. Toparam. Nasce o homem de negócios, chefe de seu próprio empreendimento.

Passa a vender anúncios aos comerciantes do Rio e de Niterói. Aos domingos a barca ia a Paquetá levar turistas, numa viagem que durava duas horas, o que deixava todo mundo impaciente. Ao ligar o sistema de som, muitos passageiros punham-se a dançar e Silvio Santos percebe que o consumo de água nos bebedouros aumentava freneticamente. Mãos a obra.

O negócio se desenvolveu tanto, que, Silvio Santos se tornou o cliente que mais vendia guaraná e cerveja Antártica, no mercado do Rio de Janeiro.

Até que um dia a barca sofre um acidente e os reparos demorariam alguns meses para serem concluídos, deixando o bingo literalmente no estaleiro.

Silvio Santos vai a São Paulo, e lá encontra-se com um colega com o qual havia trabalhado na Rádio Tupi, que lhe diz que a Rádio Nacional de São Paulo estava precisando de locutor. Acerta por três meses e como o bar montado na barca estava se perdendo no estaleiro, aluga um salãozinho ao lado da rádio, onde instala-o, criando um “ponto dos artistas”.

Nesse período, cria uma revista chamada “Brincadeiras para Você”, cujo conteúdo apresentava palavras cruzadas, charadas, anedotas, etc...

Começa a fazer shows em circos, onde apresenta os artistas, conta piadas, canta, aflorando a facilidade de se comunicar com a platéia. Surge o animador.

Manoel de Nóbrega convida Silvio Santos para ser o animador do famoso quadro “Cadeira de Barbeiro”, em substituição a Hélio de Souza, que acabara de deixar a Rádio Nacional.

Pela timidez e também por uma hipersensibilidade à luz, Silvio Santos é apelidado por Ronald Golias de “peru”, e Manoel da Nóbrega aproveita o gancho para anunciá-lo como Silvio Santos o Peru que fala”.

Formou uma grande caravana de artistas, que passou a ser chamada de “A Caravana do Peru que Fala”.

Em sérias dificuldades surgidas pela má fé de um sócio alemão, Manoel da Nóbrega solicita que Silvio Santos interceda perante os clientes lesados, garantindo que todos seriam ressarcidos de seus prejuízos junto ao Baú da Felicidade, que à época tratava-se de um baú de brinquedos, onde os clientes pagavam parcelas antecipadas e recebiam o produto por ocasião do Natal. Ao invés de encerrar as atividades do Baú da felicidade, Silvio Santos propõe sociedade à Manoel da Nóbrega, e reformula sua gestão.

Durante os quatro anos em que foram sócios, Manoel da Nóbrega nunca foi ao Baú e mesmo com todo o progresso alcançado pela empresa, decide afastar-se, sem querer nada em troca, cedendo sua parte a Silvio Santos. Por fim aceita receber o dinheiro que lá investiu.

Em 1964, Silvio Santos lança-se na televisão como animador, na TV GLOBO, canal cinco de São Paulo. O programa cresceu, tomou conta das tardes de Domingo, dando origem ao programa que todo o brasileiro conhece, o “Programa do Silvio Santos”, que por mais de treze anos ocupou nove horas da programação dominical da Globo, além de cinco horas semanais na extinta TV TUPI, canal quatro de São Paulo.Animando o auditório, ao lado das colegas de trabalho, tornando realidade o bordão “Domingo é Dia de Alegria”, Silvio Santos eterniza-se em quadros que se tornaram clássicos da TV brasileira, como o Peão da Casa Própria, Programa de Calouros, Qual é a Música?, Cidade X Cidade, Quem sabe mais o homem ou a mulher?, Namoro na TV, Boa Noite Cinderela, Domingo no Parque, Os Galãs Cantam e Dançam aos Domingos, Porta da Esperança, Câmera Escondida, Quem quer Dinheiro?, tentação, Em nome do Amor, Show do Milhão.

Mantendo estilo sempre elegante, nunca deixou propagar o termo SILVETES, para referir-se as assistentes de palco, apresentando-as como as TELEMOÇAS.

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