quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Guerra declarada outra vez: monopólio das redes de TV no Brasil fazem Rede Globo e Rede Record se alfinetarem nos seus telejornais



Nossos radares ontem ficaram a noite, firmemente, direcionados as duas maiores redações de TV do Brasil (Rede Globo, Rede Record). O foco da notícia a ser analisada era a denúncia do Ministério Público que incrimina o Bispo Edir Macedo dono da emissora de TV, Rede Record, e dono da Igreja Universal.
Desde 1992 que as duas emissoras de TV entram em conflito. Tudo por conta do poder de penetração da audiência, disputa de mercado, disputa política, disputa pessoal dos seus proprietários.
Ontem a Rede Globo desde seu telejornal do meio dia já anunciava o caso da lavagem de dinheiro e formação de quadrilha do Bispo Edir Macedo, e em destaque especial deixou de sobreaviso, durante o “Jornal Hoje”, a cobertura completa no “Jornal Nacional”. A manchete rendeu também durante o intervalo comercial da novela, com a Fátima Bernardes, anunciando o caso, antes de começar o jornal.
Na escalada do JN da Globo o caso do Bispo foi a primeira notícia divulgada. O JN de ontem abriu sua primeira reportagem também com o mesmo caso. Foi aproximadamente 11 minutos de reportagem que durou quase todo o primeiro bloco do telejornal (quase o recorde de maior reportagem que o JN já exibiu).
Na Band o caso também foi mostrado, mas a reportagem finalizou com a suposta “perseguição” a Igreja Universal. O Jornal da Record também falou do caso, mas com outra visão. Antes do intervalo comercial do último bloco do telejornal foi anunciado por Ana Paula Padrão: “as verdades e mentiras sobre o caso do Bispo Edir Macedo, daqui a pouco no Jornal da Record”.
O JN da Rede Globo mostrou números (2 anos de investigação, 1,4 bilhões de arrecadação dos fiéis, 20 milhões de dólares custou a Record do Rio, a Igreja Universal esta presente em 172 países, 4.000 templos, 10.000 Pastores). Para dar mais consistências as denúncias a Globo mostrou imagens antigas do Bispo numa recreação em Salvador ensinado os Pastores a enganar os fiéis de sua Igreja, para pegar o dinheiro deles. O JN também mostrou o recurso da repercussão da notícia na imprensa tradicional pelo mundo (mostrou também alguns portais da Internet no Brasil que noticiaram o fato).
Para dar mais verdade a Globo também divulgou os processos contra o Bispo que foram incrivelmente arquivados desde 1992. E para dar voz a defesa (e se passar de jornalismo imparcial) o advogado do Bispo falou em poucos segundos: “a defesa é a mesma desde 1999”, ironizou o tal advogado do Bispo Edir Macedo. O Jornal da Record rebateu as denuncias com a versão do advogado do Bispo (mas, não com o mega tempo que a Globo deu para o caso).
Esta briga para ver quem fica com o poder do monopólio dos principais meios de comunicações tradicionais do Brasil é antiga. Próximos capítulos serão esperados pelo público, que desta forma tem a certeza da sujeira que é este mundo televisivo. É notório que os dízimos da Igreja eram revertidos para dar força ao caixa da Rede Record, e não para obras de caridade ou construção de templos (é muito dinheiro em nome da fé). Assim também como é claro as intenções da Rede Globo em querer ser a única a mandar no mercado e na cabeça dos brasileiros. É por isso, que somos a favor da quebra do monopólio e cartel dos meios de comunicações tradicionais. Chega de Rede Globo ou qualquer outra emissora querer ser a dona da informação no nosso país.
Que prendam qualquer quadrilha que lave dinheiro, qualquer quadrilha disfarçada de Igreja que roubam seus fiéis, qualquer quadrilha dona de grupos de comunicação que adestrem seu público para dá suporte aos seus próprios interesses cretinos e egoísticos. Ache bom ou ache ruim, que novas redes de TV entrem na briga, é isto!

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