terça-feira, 21 de abril de 2009

Jogadores de videogames mostram sinais de vício, diz estudo

Cerca de 1 em cada 10 jogadores de videogames mostram sinais de vício que podem ter efeitos negativos sobre a família, amigos e desempenho escolar, afirma pesquisa divulgada nos Estados Unidos.

Pesquisadores da universidade estadual de Iowa e do Instituto Nacional de Mídia e Família descobriram que alguns jogadores mostram pelo menos seis sintomas de vício apresentados também por viciados em jogos de azar, como mentir para família e amigos sobre o tempo que passam jogando. Eles também usam os jogos eletrônicos para fugir de seus problemas e tornam-se irritados quando deixam de jogar.

Além disso, os jogadores também deixam de fazer deveres da escola ou passam muito tempo envolvidos com os jogos, apresentando trabalhos escolares de baixa qualidade.

"Apesar da comunidade médica não reconhecer o vício em videogames como uma desordem mental, este estudo será um de muitos que nos permitirá uma discussão sobre os efeitos positivos e negativos dos videogames", afirmou o doutor Douglas Gentile, professor assistente de psicologia da universidade de Iowa.

Os pesquisadores, que acompanharam 1.178 crianças e adolescentes dos Estados Unidos com idades entre 8 e 18 anos, descobriram que alguns deles mostraram pelo menos seis dos 11 sintomas de vício patológico demonstrados por usuários compulsivos de jogos de azar, segundo a Associação Americana de Psiquiatria.

Os jogadores viciados em videogames passaram 24 horas por semana na frente da tela, duas vezes mais que usuários casuais. Alguns jogadores viciados roubam para sustentarem o vício, segundo a pesquisa que será publicada no periódico Psycological Science.

"Apesar dos videogames serem divertidos, algumas crianças estão tendo problemas. Eu continuo a ouvir famílias preocupadas sobre os hábitos de jogo de suas crianças. Não somente precisamos nos concentrar em identificar o problema, como também precisamos encontrar maneiras de ajudar as famílias a evitar e tratar isso", disse David Walsh, presidente do Instituto Nacional de Mídia e Família.

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