terça-feira, 22 de março de 2011

Reprovada


Nos zeros do boletim da vida, o que me faz sempre repetir é a cadeira de amor. Cabulei tanto as aulas, mesmo assim continuo matriculado na escola, que não desiste do ignorante aluno. Lembro dos primeiros dias de disciplina quando queria ser o queridinho da turma humana. Pequei por palavras e obras.

Agora repetente, com trabalhos extras de recuperação ensaio artigos para conquistar quem no passado cobrava atenção, sentindo que o amor seria um prêmio merecido e que o outro, o próximo, já estaria com notas azuis apenas atendendo ao meu apelo.

Moral da história: se quero amor, amo antes. Agora tenho que começar do zero todos os dias. Aceito os desenhos de corações coloridos. Para quem não universalizou o sentimento ainda, rabiscar papel é o exercício da mente que quer ser preenchida com gratidão.

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