Muitas vezes em nossa vida as ações de outras pessoas, sejam elas conhecidas, desconhecidas, colegas de trabalho, amigos, parentes, etc, podem nos fazer sentir dentro de um verdadeiro inferno dantesco.
Segundo Sartre, na sua quarta punição eterna, o inferno são os outros.
E são mesmo?
Na minha opinião, esta questão está muito ligada à liberdade individual.
Está ligada à liberdade que você concede a si próprio.
Está ligada a quão livre você se permite ser.
E se há algo nesse mundo que facilmente pode nos subtrair liberdade, esse algo se chama "OS OUTROS".
Os outros sempre estão e estarão por aí.
Por ali.
Por detrás das portas e das paredes.
Na escuta.
Aqui do lado.
Alguns, até dentro de nós.
Bons, maus, honestos, desonestos, corretos, incorretos, curiosos, vazios, de tipos diversos.
Queira ou não queira, desde o dia em que desembarcamos aqui, são os outros que nos servem de espelho.
São eles que, junto à nossa herança genética, nos desenham, nos esculpem, nos definem.
É no embate que travamos a todo instante com os acontecimentos e com os outros, que somos impulsionados a escolher.
E é o resultado desse embate e dessas escolhas que escreve o que vamos nos tornando.
Sem os outros, subtraídos do nosso convívio, praticamente não seríamos.
Ou seríamos um grande vazio, um quase nada.
Um ser não sendo.
Temos que conviver com isso então.
Com esse pequeno inferninho.
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