sexta-feira, 8 de maio de 2009

Síndrome do Olho Seco pode comprometer vida escolar do adolescente


Adolescente que é adolescente não dispensa o trio videogame, TV e computador. Quando não é a MTV, é o Orkut, MSN e outros programas de comunicação online que o fazem permanecer horas diante do monitor, se não houver um pouco de controle dos pais. E quando chega a época das aulas na escola ou no cursinho, ainda tem as pesquisas na Internet...

Todas estas situações juntas em excesso podem desencadear a Síndrome do Olho Seco, problema visual que tem como principais sintomas ardência, dor nos olhos, sensação de corpo estranho e visão embaçada que piora ao longo do dia. Não é uma doença muito comum na faixa etária dos 12 aos 18 anos, mas deve ser tratada de maneira adequada para evitar o agravamento do problema. Isso significa, na maioria dos casos, instilar lágrima artificial em gotas e a prevenção, por meio de exames periódicos.

O acompanhamento do aluno durante o ano letivo é importante para prevenir problemas que acabam por comprometer o rendimento escolar. A capacidade visual do aluno pode ser prejudicada, por exemplo, se ele reduzir o número de piscadas quando estiver concentrado no videogame ou em frente à tela do computador à noite ou durante finais de semana, o que provoca juntamente com a inibição do piscar o esforço visual excessivo e sintomas de ressecamento dos olhos.

Na hora dos exames periódicos ou da utilização de produtos específicos para tratar o olho seco, os pais também exercem papel importante, pois, se não houver muito tato na conversa com o adolescente, ele pode não seguir o tratamento, o que só agrava o quadro. Por isso, é necessária uma integração total entre o adolescente, os pais e o oftalmologista.

Existe no Brasil uma associação, a APOS, Associação dos Portadores de Olho Seco, que oferece apoio, educação e informação a todos os familiares e pacientes que sofrem com a doença. Mais informações podem ser obtidas no site www.apos.org.br.

* O Dr. José Álvaro Pereira Gomes é médico oftalmologista, professor da UNIFESP/EPM e Presidente da APOS, Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco.

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