segunda-feira, 25 de maio de 2009

ANJO OU DEMÔNIO


Na noite de ontem, seguindo a minha programação de domingo, fui assistir "Anjos e Demônios", um filme baseado numa história de Dan Brown e estrelado por Tom Hanks.
Dan Brown apareceu para o mundo em 2003 com o lançamento do seu quarto livro, "O Código Da Vinci", que rapidamente se transformou em best seller e posteriormente em filme blockbuster com o lançamento do longa homônimo. Antes do livro "O Código", ele já havia escrito e lançado "Fortaleza Digital" (1998), "Anjos e Demônios" (2000) e "Ponto de Impacto" (2001). Seu próximo lançamento será "O Símbolo Perdido" em setembro desse ano. Segundo ele, uma continuação do seu quarto livro que também já tem filmagem agendada pela indústria cinematográfica.
Todas as suas publicações envolvem religião, igreja católica, ciência, alquimia, mistérios, segredos e fé. Temas sempre polêmicos.

Tom Hanks (dois Oscars de melhor ator - "Filadélfia" e "Forrest Gamp") dispensa apresentações. Com exceção de "Náufrago", gostei de tudo que vi dele até hoje nos cinemas. O ator que há nele não embarca em qualquer roteiro.
É também diretor e produtor de cinema, documentários e séries para TV.
Antes de assistir "Anjos e Demônios", até estranhei ele ter aceitado participar de uma "continuação".
Depois que vi o filme, entendi.

Esta dobradinha, Tom Hanks e Dan Brown, parece que vai repetir o sucesso do primeiro trabalho, "O Código Da Vinci". Apesar de o livro "Anjos e Demônios" não ter tido o mesmo êxito mundial de "O Código", considero o seu lançamento em cinema bem superior ao anterior.
O filme é mais dinâmico, tem mais ação e uma produção detalhista.
Proibido de filmar no Vaticano e nas igrejas (onde o filme se desenrola) por causa de uma briga com a Santa Sé que começou na época do lançamento do "Código Da Vinci", o diretor Ron Roward só pôde filmar nas ruas do país do Papa porque conseguiu driblar a liberação que era por demais limitada. Chegava com sua equipe e atores, montava o set rapidamente, filmava os takes mais rápido ainda, e saía em seguida na correria e desmontando tudo antes que a vigília papal aparecesse.
Imagina ter que recriar em cenários toda a magnitude das igrejas e cantos do Vaticano?
Pois foi isso mesmo que eles fizeram.
A fotografia do filme revela a cenografia riquíssima em minúcia, em pormenores. O Vaticano com suas suntuosas igrejas são magnificamente recriadas em cenários reais e virtuais. A profusão de detalhes dá um show à parte.

Uma coisa que logo me interessou no início do filme foi a inclusão do LHC (Grande Colisor de Hádrons) na história, misturando ficção e realidade como no filme anterior. Escrevi sobre este grande túnel (o maior acelerador de partículas do mundo), que fica entre a França e a Suíça, aqui no blog no ano passado.
Não vou contar a história do filme aqui pois todos vocês têm a oportunidade de assistir a esta grande produção, o que aconselho a todos.
O que gostaria de dizer é que entendi como mais importante mensagem o seguinte: não importa o quanto você acredita em Deus e em ter fé; não importa qual a sua religião; não importa o quanto você enxergue de torto dentro da igreja católica; não importa o quanto você é Darwiniano e tenha a ciência como luz diante dos mistérios do Divino.
Nada disso importa.
O importante mesmo é entender que sem os ensinamentos religiosos que conduzem ao bem, nós simplesmente não estaríamos aqui agora. Sem o medo do Divino e tudo de opressor que o orbita, nós já teríamos nos destruído. Uns aos outros.
Confesso que, quando soube que o LHC finalmente ia ser ligado e experimentado no ano passado, podendo enfim nos esclarecer sobre a origem do Universo e da humanidade, fiquei no afã de ver descoberta a "Partícula de Deus" (Bóson de Higgs), o que colocaria no lixo toda a teoria religiosa sobre este assunto.
Após assistir "Anjos e Demônios", fiquei pensando: Se isto acontecer um dia, o mundo vai ser melhor ou pior do que é hoje?
Provavelmente bem pior.
Qual seria o impacto da notícia de que "Deus não existe" na cabeça de quase 7 bilhões de pessoas?
Não gosto nem de imaginar.

Segundo a comunidade científica mundial, "em dois ou três anos saberemos se a teoria da Partícula de Deus está correta ou não. Ou, talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas".

Se esta teoria for realmente confirmada;
se a humanidade ficar algum dia sem este controle do Divino;
se o Deus católico que está arraigado no subconsciente de todos os homens (a história conta que até Darwin, em seu leito de morte, clamou por Deus), independente até da sua fé ou religião for desmentido;
se a teoria científica do nascimento do Universo for confirmada,
nesse momento o ser humano revelará a sua verdadeira face.

Anjo ou Demônio?

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