




Raízes deterioradas, água acorrentada. Todo dia a cidade entra mais no Cocó. De rio e floresta encantada. Petrificando raízes, expandindo telhas. Na purificação do ar condensado das fábricas. Construtoras de moradas e escritórios, de janelas amordaçadas para o resto do verde. Que chora ao lembrar-se do passado, no desespero da modernidade. Na triste testemunha solitária do desmatamento. Pobre Cocó acuado, na beira da ambição com desculpa de desenvolvimento. No futuro será apenas uma praça, para que todos possam lembrar que um dia foi uma floresta de mangue e exaltação.
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